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Crianças e Adolescentes em Portugal
Maria José Carrilho > Revista de Estudos Demográficos > INE, 2015, p. 53 - 101

Resumo

Há mais de trinta anos que Portugal é um país de baixa fecundidade, com um nível inferior ao exigido para substituir as atuais gerações de pais e mães, facto que se reflete na persistente e forte redução dos efetivos populacionais mais
jovens.
O presente artigo começando por focar-se na diversidade de conceitos de Criança e Adolescente, centra-se na evolução do número de “Crianças e Adolescentes” residentes em Portugal, salientando o contributo das variáveis demográficas na dimensão e estrutura passadas, atuais e futuras deste grupo populacional e tratando fenómenos como a parentalidade, a saúde reprodutiva, a mortalidade e o nível educação observados nesta população.
Problema prévio a resolver foi precisar o objeto de análise tendo em conta que a fronteira entre crianças e adolescentes não é nítida e é de difícil inserção nos grupos funcionais normalmente utilizados em demografia. Mesmo dentro de cada uma das categorias não existe consenso internacional sobre os limites de idade a adotar, dado que os conceitos variam consoante as leis em vigor nos países e, dentro de cada um, com a evolução da sociedade.
Face às dificuldades em encontrar uma definição precisa, construiu-se um grupo abrangente designado “Crianças e Adolescentes”, que integra a população com menos de vinte anos seguindo-se o critério normalmente utilizado em demografia que classifica as crianças no grupo etário dos 0-14 anos e os adolescentes nos 15-19 anos. No entanto, e para permitir comparações decidiu-se incluir os seguintes subgrupos etários: menos de 15 anos (desagregados por menos de 3 anos; 3 a 5 anos e 6 a 14 anos); menos de 16 anos; menos de 18
anos e menos de 19 anos.

O número de efetivos com menos de vinte anos reduziu-se, em 50 anos, entre os Censos de 1960 e 2011, em 1,2 milhões de indivíduos sendo o ritmo mais acelerado nas idades mais novas, colocando assim Portugal entre os países mais envelhecidos da Europa dos 28. Perspetiva-se que a perda atinja os 2 milhões de indivíduos entre 1960 e 2060.

Palavras Chave: Crianças, Adolescentes, Nados Vivos, Interrupção de Gravidez, Coabitação, Mortalidade, Nível de escolaridade


Estudo
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