Em 2022, o setor das Administrações Públicas (AP) apresentou um saldo negativo (necessidade líquida de financiamento) de 944 milhões de euros, correspondente a -0,4% do PIB (-2,9% em 2021 e -5,8% em 2020).
Entre 2021 e 2022, a receita total das AP aumentou 10,2% (+9,8 mil milhões de euros) e a receita corrente aumentou 11,3% (+10,6 mil milhões de euros). As três grandes componentes da receita corrente aumentaram a ritmos diferentes, salientando-se o acréscimo dos impostos sobre o património e o rendimento, que atingiu 24,1%.
A despesa total das AP registou um aumento de 4,4% entre 2021 e 2022 (+4,5 mil milhões de euros), com a despesa de capital a crescer 15,0%, significativamente acima da despesa corrente (+3,5%). Para o aumento da despesa corrente contribuíram os acréscimos registados nas prestações sociais, exceto transferências sociais em espécie (+6,9%) e, em menor grau, nas remunerações (+3,5%), verificando-se um decréscimo de cerca de 40% nos subsídios pagos e de 9,4% na despesa em juros. O aumento da despesa de capital decorreu do aumento da formação bruta de capital (+7,5%) e das transferências de capital concedidas (+30,5%).
