Em 2021, 10,7% das crianças com menos de 16 anos pertenciam a agregados familiares em privação material e social, resultado inferior ao obtido para a população em geral (13,5%).
Os resultados recolhidos em 2021 permitem concluir que as dificuldades económicas impedem que:
- 15,5% das crianças tenham possibilidade de passar férias, fora de casa, pelo menos uma semana por ano;
- 9,7% das crianças possam participar regularmente numa atividade extracurricular ou de lazer;
- 6,6% possam participar em viagens e atividades escolares não gratuitas;
- 4,3% das crianças tenham possibilidade de substituição de roupa usada por alguma roupa nova;
- 1,6% possam celebrar em ocasiões especiais;
- 1,5% possam convidar amigos de vez em quando para brincarem e comerem juntos.
Mais de metade dos adultos com filhos menores fora do agregado tinham idades dos 40 aos 44 anos (29,1%) e dos 45 aos 49 anos (23,1%). Cerca de 93,8% eram homens. A maioria dos filhos menores fora do agregado tinham entre 10 a 13 anos (29,0%) e entre 14 a 17 anos (31,2%).
Apesar das restrições associadas à pandemia COVID-19, 41,6% referiram ter partilhado presencialmente o seu tempo com os filhos fora do agregado todas as semanas, por exemplo, em refeições, brincadeiras, trabalhos de casa, passeios, conversas, deslocações casa/escola, e 15,9% referiram tê-lo feito todos os dias.
Cerca de 42,3% referiram ter contactado os filhos fora do agregado todos os dias através do telefone, videochamada ou redes sociais; 32,1% fizeram-no todas as semanas.