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O indicador de confiança dos consumidores da Área Euro registou o valor mais baixo da série. Ciclo de aumento de preços mantém-se, com agravamento das perdas dos termos de troca de Portugal
Síntese Económica de Conjuntura
O indicador de confiança dos consumidores da Área Euro registou o valor mais baixo da série. Ciclo de aumento de preços mantém-se, com agravamento das perdas dos termos de troca de Portugal - Julho de 2022
18 de agosto de 2022

Resumo

Na Área Euro (AE), o Produto Interno Bruto (PIB) em volume aumentou 3,9% em termos homólogos no 2º trimestre de 2022 (5,4% no 1º trimestre) e apresentou um crescimento em cadeia de 0,6% (0,5% no trimestre anterior). O indicador de confiança dos consumidores da AE registou, em julho, o valor mais baixo da série.

Considerando a informação disponível para agosto, o preço do petróleo (Brent) prolongou o movimento descendente verificado no mês precedente, registando um valor médio de 100,7 euros nos primeiros quinze dias, o que representa uma diminuição de 8,4% face ao valor médio de julho.

Em Portugal, o PIB em volume abrandou para uma variação homóloga de 6,9% no 2º trimestre de 2022 (11,8% no trimestre anterior), refletindo em parte um efeito de base, dado que no 1º trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica. Comparando com o trimestre precedente, verificou-se uma variação de -0,2% (crescimento de 2,5% no 1º trimestre). 

O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou, em julho, uma taxa de variação homóloga de 26,1% (25,6% no mês antecedente), registando o crescimento mais elevado da atual série. Excluindo a componente energética, este índice aumentou 15,6% em termos homólogos, desacelerando 0,5 p.p. relativamente ao mês anterior. A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,1% em julho, atingindo a taxa mais elevada desde novembro de 1992. O indicador de inflação subjacente (IPC total excluindo bens energéticos e alimentares não transformados) registou uma variação homóloga de 6,2% (6,0% em junho), a mais elevada desde abril de 1994. O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 19,9% em julho (16,6% no mês anterior). Na vertente externa, o aumento mais expressivo dos preços implícitos das importações de bens comparativamente às exportações (variações de 26,0% contra 18,6% em junho) traduz perdas dos termos de troca, que se têm agravado nos últimos meses devido sobretudo aos preços dos bens energéticos, contribuindo para a deterioração do saldo externo de bens.

No 2º trimestre de 2022, a taxa de desemprego fixou-se em 5,7%, menos 0,2 e 1,0 pontos percentuais (p.p.) que as observadas nos trimestres anterior e homólogo, respetivamente. O emprego total manteve-se inalterado face ao trimestre anterior e aumentou 1,9% em termos homólogos. No mesmo trimestre, a remuneração bruta total mensal aumentou 3,1% em relação ao 2º trimestre de 2021. Em termos reais, tendo como referência a variação do IPC, a remuneração bruta total diminuiu 4,6%.


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