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Preços na produção e no consumidor continuaram a acelerar
Síntese Económica de Conjuntura
Preços na produção e no consumidor continuaram a acelerar - Janeiro de 2022
17 de fevereiro de 2022

Resumo

Na Área Euro (AE), o Produto Interno Bruto (PIB) em volume aumentou 4,6% em termos homólogos no 4º trimestre de 2021 (3,9% no 3º trimestre) e 0,3% em cadeia (2,3% no 3º trimestre). No conjunto do ano 2021, o PIB aumentou 5,2% na AE, após a forte redução de 6,4%, situando-se 1,5% abaixo do nível de 2019.

Em Portugal, o PIB em termos reais registou uma variação homóloga de 5,8% no 4º trimestre de 2021 (4,5% no trimestre anterior) e uma variação em cadeia de 1,6% (2,9% no trimestre anterior). No conjunto do ano 2021, o PIB português aumentou 4,9% em volume, o crescimento mais elevado desde 1990, após a diminuição sem precedente na série longa disponível de 8,4% em 2020, em consequência dos efeitos marcadamente adversos da pandemia COVID 19 sobre a atividade económica.

O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático acelerou em janeiro para um crescimento homólogo de 23,1% (14,4% no mês anterior), refletindo em parte um efeito de base dado que a comparação é feita com janeiro de 2021, mês em que foram implementadas medidas restritivas adicionais no contexto da pandemia.

O índice de preços na produção da indústria transformadora prolongou o movimento ascendente observado desde abril, atingindo uma variação homóloga de 14,3% em janeiro de 2022 (14,1% no mês anterior). Excluindo a componente energética, este índice aumentou 11,3% (10,4% em dezembro), registando o crescimento mais elevado da atual série. O índice de preços na produção industrial de bens de consumo registou um crescimento mais modesto (6,3%) embora também elevado no contexto da respetiva série temporal. Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 3,3% em janeiro, taxa superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior, atingindo a taxa mais elevada desde fevereiro de 2012. 

Refletindo em grande parte a aceleração dos preços, os indicadores de curto prazo da atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis até dezembro de 2021, continuaram a revelar elevados crescimentos em termos nominais. Na indústria, o índice de volume de negócios aumentou 15,0% em 2021, após ter diminuído 10,7% em 2020, sendo de salientar o aumento de 8,8% dos preços na indústria (diminuição de 4,2% em 2020). 

A taxa de desemprego recuou para em 6,6% em 2021, menos 0,4 p.p. que em 2020 e menos 0,1 p.p. que em 2019. O número de desempregados situou-se 3,4% abaixo do nível de 2020 e 0,2% abaixo do de 2019. A taxa de subutilização do trabalho diminuiu 1,6 p.p. face a 2020, tendo-se fixado em 12,5% (12,9% em 2019). O emprego total aumentou 2,7% em 2021 (variação de -1,9% em 2020). 

No conjunto do ano 2021 as remunerações médias total e regular por trabalhador aumentaram, respetivamente, 3,4% e 3,1% e, deflacionadas pelo IPC, variaram 2,1% e 1,8%, pela mesma ordem.


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