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Resumo
Em Fevereiro, na Área Euro (AE) e na União Europeia (UE27), os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores prolongaram os movimentos descendentes anteriores, fixando mínimos históricos para as respectivas séries, iniciadas em Março de 1995.
Em Portugal, o indicador de clima económico, disponível para Fevereiro, e o indicador de actividade económica, disponível até Janeiro, prolongaram as acentuadas trajectórias descendentes observadas desde Maio de 2008 e Janeiro de 2008, respectivamente. O indicador de consumo privado desacelerou em Janeiro, em resultado da evolução negativa da componente de consumo duradouro, uma vez que a componente de consumo não duradouro recuperou ligeiramente. O indicador de FBCF prolongou a tendência decrescente observada desde o início de 2008, reflectindo a deterioração registada em Janeiro em todas as componentes, sobretudo nas de material de transporte e de construção. Relativamente ao comércio internacional de bens, em Janeiro registou-se uma redução significativa das taxas de variação homólogas nominais das importações (reflectindo em parte a evolução do preço do petróleo) e das exportações (em parte devido à contracção económica observada nos países clientes), passando de -6,4% para -15,8% e de -11,0% para -19,7%, respectivamente. A estimativa para o PIB aponta para uma taxa de variação homóloga de -1,8% no 4º trimestre (0,4% no trimestre anterior), devido sobretudo à forte contracção das exportações e do investimento.
Em Fevereiro, a inflação estabilizou em 0,2% (variação homóloga mensal), interrompendo o movimento descendente iniciado em Julho. Ainda assim, excluindo os produtos energéticos e alimentares não transformados, o IPC continuou a desacelerar, tendo registado em Fevereiro uma variação de 1,4% (1,8% em Janeiro). O diferencial entre o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) da AE e de Portugal aumentou 0,1 p.p. em Fevereiro, situando-se em 1,1 p.p..