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COVID-19: O que distingue as 19 frequesias em estado de calamidade do resto da AML?
Indicadores de contexto para a pandemia COVID-19 em Portugal
Dados até 15 de julho
COVID-19: O que distingue as 19 frequesias em estado de calamidade do resto da AML?
17 de julho de 2020

Resumo

A expressão da pandemia no território nacional continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade, situação que conduziu à declaração de medidas de política pública territorialmente diferenciadas. A manutenção do estado de calamidade num conjunto de 19 freguesias contíguas da Área Metropolitana de Lisboa – a AML concentrava 64% dos novos casos do país no conjunto de 14 dias terminado a 13 de julho – motivou um olhar aprofundado sobre este território, tendo-se apurado que:
• A população residente em 2019 no território foi estimada em 740 911 habitantes, representando 25,9% dos cerca de 2,9 milhões residentes na AML.
• O território em estado de calamidade apresenta maior densidade de ocupação. A densidade populacional no território em estado de calamidade (5 232,1 habitantes por km2) é sete vezes superior à do restante território da AML e a proporção de edifícios com 7 ou mais alojamentos é também mais elevada (30,6% vs. 13,9%).
• Os residentes no território em estado de calamidade utilizam mais o transporte público. No território em estado de calamidade a proporção de deslocações com utilização do transporte público para fora do município é 14,0%, mais do dobro do observado no restante território da AML (6,7%).
• O território em estado de calamidade apresenta um mercado da habitação menos valorizado. O valor dos preços e das rendas dos alojamentos familiares é menor no território em estado de calamidade (1 330 €/m2 e 7,5 €/m2, respetivamente) do que no restante território da AML (1 540 €/m2 e 8,4 €/m2).
Como habitual nesta série de destaques, procedeu-se à análise do contexto demográfico e da evolução recente da pandemia no conjunto do território nacional, sendo de salientar:
• O número preliminar de óbitos entre 1 de março e 5 de julho de 2020 foi superior em 3 103 relativamente a igual período de 2019. Esta variação resultou sobretudo do acréscimo significativo dos óbitos de pessoas com 75 e mais anos (+ 2 718).
• A 13 de julho, data da última atualização dos dados por município pela DGS, existiam em Portugal 45,7 casos de COVID-19 por 10 mil habitantes e 4,7 novos casos (últimos 14 dias) por 10 mil habitantes. A leitura da relação entre o número de casos confirmados e o número de novos casos (últimos 14 dias) por 10 mil habitantes evidenciava dez municípios da Área Metropolitana de Lisboa com valores acima da média nacional em ambos os indicadores e que concentravam 54% do total de novos casos do país e 85% do total de novos casos da AML.


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