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Acentuados crescimentos dos preços na produção e no consumidor
Síntese Económica de Conjuntura
Acentuados crescimentos dos preços na produção e no consumidor - Fevereiro de 2022
17 de março de 2022

Resumo

Considerando a informação já disponível para março, o preço do petróleo (Brent) registou um valor médio de 108,2 euros por barril nos primeiros catorze dias do mês, traduzindo-se em aumentos de 26,3% relativamente a fevereiro e 96,8% comparativamente a março de 2021.

Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para janeiro, continuam a apontar para elevados crescimentos em termos nominais, mais intensos do que os observados em dezembro, refletindo crescimentos pronunciados nos preços implícitos. Em termos reais verificou-se um aumento na construção e uma diminuição na indústria, resultando em larga medida da forte contração nas atividades de produção de energia e automóvel. Comparando com janeiro de 2020, apenas o índice de produção na indústria apresentou um nível inferior, com os índices de volume de negócios na indústria e nos serviços, assim como o índice de produção na construção a registarem níveis superiores. Os indicadores quantitativos de síntese relativos ao consumo privado, investimento e atividade económica aceleraram em janeiro.

O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em fevereiro uma taxa de variação homóloga de 16,3% (14,2% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da atual série. Excluindo a componente energética, este índice aumentou 11,7% em termos homólogos, apresentando também o crescimento mais elevado da atual série, após ter apresentado uma variação de 11,2% em janeiro. Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi 4,2% em fevereiro, 0,9 pontos percentuais (p.p.) acima da observada no mês anterior, atingindo a taxa mais elevada desde outubro de 2011. A componente de bens do IPC registou uma variação homóloga de 5,2% em fevereiro (4,2% em janeiro), particularmente influenciada pelo comportamento dos preços dos bens energéticos. O aumento na componente de serviços foi inferior, fixando-se em 2,6% (2,0% em dezembro e janeiro), mas começando a evidenciar-se uma tendência de aceleração dos preços também neste caso.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 6,0% em janeiro, mais 0,2 p.p. que no mês anterior (6,4% em outubro e 7,0% em janeiro de 2021). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,7%, mais 0,3 p.p. que em dezembro (14,0% em janeiro de 2021). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, diminuiu 0,4% face ao mês anterior e cresceu 4,7% em termos homólogos (variação homóloga de 4,3% em dezembro).


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