Page 19 - Estat

Basic HTML Version

P
rodução vegetal
17
Figura 1.15 - Área das principais culturas
hortícolas
0
1
2
3
4
Couve-
brócolo
Alface Couve-
repolho
Cenoura Abóbora Melão
10
3
ha
Figura 1.16 - Produção das principais culturas
hortícolas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Tomate
(fresco)
Cenoura Alface Couve-
repolho
Melão Abóbora
10
3
t
Em muitas áreas, devido aos prolongados períodos de asfixia radicular, verificaram-se falhas de emergência e
fraco desenvolvimento vegetativo. Os elevados níveis de humidade do solo favoreceram também o aparecimento
de focos muito intensos de míldio e alternariose na batateira, principalmente nos casos em que o encharcamento
dos terrenos não permitiu o acesso das máquinas e a realização dos tratamentos fitossanitários. Esta situação
foi mais comum na batata de sequeiro, com impactos negativos na produtividade e na conservação dos
tubérculos.
A colheita da batata decorreu, em geral, com normalidade, embora de forma não homogénea em todas as
regiões, registando-se um ligeiro aumento (+2%) da produção. Apesar da boa qualidade e elevado calibre dos
tubérculos, mantiveram-se os habituais constrangimentos de comercialização, principalmente para os pequenos
agricultores que atuam à margem dos circuitos de mercado das organizações de produtores, não conseguindo
escoar a sua produção a preços competitivos.
Hortícolas:
Em 2011 a área total de hortícolas foi de 30 757 hectares, obtendo-se uma produção de 761 167
toneladas. A couve-brócolo foi a cultura que ocupou maior área, com 3 017 hectares (dos quais 1 538 hectares
cultivados para a indústria), seguida da alface (2 694 hectares), da couve-repolho (2 473 hectares) e da
cenoura (2 285 hectares). O tomate para consumo em fresco é a hortícola que regista maior volume de
produção (94 537 toneladas), tendo a cenoura e a alface produções acima das 70 mil toneladas (85 059
toneladas e 70 479 toneladas, respetivamente).
No Continente, observa-se que a distribuição das áreas de hortícolas segundo o regime de exploração privilegia
a horticultura intensiva (54% da área total) sobre a extensiva (46% da área total). Aárea de hortícolas cultivadas
em estufa/abrigo alto representa 10% da área total e cerca de 18% da produção. Neste modo de produção
destacam-se o tomate para consumo em fresco (70 722 toneladas produzidas em estufa/abrigo alto, que
corresponde a 87% da produção total de tomate em fresco) e a alface (32 108 toneladas, 48% da produção
total de alface).
Figura 1.15 e 1.16
Produção de frutos frescos, citrinos, frutos de casca rija, vinha e olival
Frutos frescos:
As pomóideas beneficiaram, por altura da floração e vingamento dos frutos, de condições
climatéricas particularmente favoráveis, completando o ciclo com um elevado número de frutos de bom calibre.
Nos pomares de macieiras, a primavera quente antecipou, nalgumas regiões, a colheita, que registou um
aumento de 16%, face a 2010. De um modo geral, as maçãs apresentaram boas características organoléticas,
boa coloração e, em virtude do ano chuvoso, calibres razoáveis.